terça-feira, 26 de julho de 2016

Para fechar o mês...Bibizinha!!!

Meu pai estava comigo quando fui buscar o resultado do teste de gravidez, "POSITIVO". Eu chorava de soluçar no carro e meu pobre pai sem saber o que fazer ou dizer, só olhava para mim com muita...muita pena. Uma hora ele não aguentou e falou: - "Agora não adianta chorar ou se criticar. O que está feito, está feito."

Essa era uma frase clássica do S. Werner. Ele nunca ficava lamentando quando alguma coisa não saia do jeito esperado. Buscava resolver da melhor forma possível e seguia em frente. Era porreta meu pai.

Adorava sua maneira de ser e  de viver. Aquele dia tive um pouco de trabalho para conseguir explicar a ele que estava chorando de felicidade. Eu ia ser mãe outra vez! Mas quem podia acreditar que com a vida conturbada que eu levava fosse ficar feliz com mais uma gravidez? Eu ora! O que não ia lá muito bem era o casamento, a maternidade ia muito bem obrigada. Sempre foi meu sonho maior. Ser mãe!

Bibi chegou linda e cabeluda, às 6:40 hs com 3.280 e medindo 47 cm.  Também descobri depois do seu nascimento a razão de ter tido uma postura impecável durante a gravidez...a folgada estava sentada. Coisas de leoninas rsrsrsrsrs.

Os macacões tamanho RN (recém nascido) tinham acabado de ser lançados. Até então os recém nascidos eram enrolados em "cueiros", um pedaço grande de flanela para manter as perninhas aquecidas. Só se encontrava macacão a partir do segundo ou terceiro mês. Eu tinha adorado a idéia. Sempre achei que os cueiros limitavam os movimentos das crianças. Fui atrás do tal macacão para Bibi...só achei azul. Paciência! Nunca dei muita bola para esse negócio de cor mesmo.

O importante era ter mais liberdade. O único problema, é que ela também gostou disso.  Cresceu e com suas perninhas livres ganhou o mundo...Vive la liberté!!!

24 horas de nascida!

Vovô Werner com cara de "vovô babão"

Desbravando o quintal da vovó!

           
Carinha de boneca!

Coelhinha da Páscoa!


Carnaval 1985

Grécia!

Roma!

Egito!

Frosinone - Itália!







PARABÉEEEENS BIBI!

domingo, 24 de julho de 2016

Continuando com as homenagens...Tatà!!!

Justiça seja feita, minha irmã só fez filho lindo. Tatá era uma fofurinha. Parecia uma bonequinha. Eu, infelizmente não lembro de muita coisa dos seus primeiros meses de vida. Estávamos num momento de muita preocupação e tristeza por conta do vovô Werner, que estava muito doente. Thaizinha chegou para trazer a alegria que estava nos faltando. Na ocasião a Gilzinha estava morando em Santos, na Governador Pedro de Toledo quase esquina com a rua da Paz, mas se não estou enganada, uns meses depois eles voltaram para Guaratinguetá.

Lembro da pequena mais para frente...sapeeeeca. Chegou como raio de luz e logo depois parecia uma trovoada kkkkkk, mas era encantadora a danada (ainda é).

A Sy conta uma passagem engraçada da Tatá. Ela estudava de manhã e era uma guerra conseguir tirá-la da cama. Certo dia...a vovó Nadir, que na ocasião tinhas ido morar com eles, depois de conseguir fazer a Tatá sair da cama, vestia o uniforme nela e ela tirava. A coisa se repetiu por várias vezes, até que a Sy foi em socorro da vovó, prendeu a Thaizoca entre pernas, vestiu o uniforme, colocou-a para fora de casa e fechou a porta. Oh dó!!! Era sono!
Ops! Cavalo grande...manhêeee tô com medo!


Uma princesa!










Uma pintura!

Muito sincera!




Sempre...sempre
linda!

                                                             ... e muito peralta!

               
              PARABÉNNNNNS TATÁ!!!

Olha eu atrasada de novo!!!

Opa...desculpa aí! Estou atrasada mas foi pura falta de tempo.

Bom gente, continuando D Nadir, não poderia deixar de lembrar que dia 12 de julho era o dia dela. Se estivesse aqui para comemorar com a gente, teríamos uma velinha de 93 anos sobre o bolo. Parabéns mãe!

Antes o mês era todinho dela. Tinha também vovô Elias que fazia aniversário no dia 20 de julho, mas como tínhamos pouquíssimo contato com ele, nem lembrávamos. Julho era o mês dela.

Aí devagarzinho foi chegando um...chegando outro, e hoje estamos quase que com super lotação no mês de julho. Primeiro veio a Selma Cristina, dia 24; depois Bibi, dia 26 e finalmente a Tatá no dia 16. Um mês recheado de coisas boas!


Em homenagem aos aniversariantes do mês, separei algumas fotos. Começando, claro, pela vovó. Afinal, antiguidade é posto. Divirtam-se!!!


      
                            
Vovó Nadir - 6 anos
20 anos mais ou menos

Aqui ela devia estar recém casada...1944

Segundo anotação no verso 1953 - 30 anos

Talvez uns 35 ou 36 anos


A anterior uns 40 anos e essa com certeza 51 anos


Aniversário de 70 anos em Guaratinguetá - 1993




sábado, 16 de julho de 2016

D. Nadir...difìcil e apaixonante!

Dona Nadir é uma figura difícil de descrever. Acho que cada um de nós lembrará dela do seu próprio jeito, por conta de um momento que tenha sido mais marcante. A Ju, por exemplo, sempre lembra que dividia uma cocada com a avó.

Eu sempre reclamo dela...rs (coisas de filha mimada talvez!!!), mas aqui não vou falar nada, nada sobre ela, quase nunca, admitir que alguém sentisse ou pensasse diferente dela. Os mimis eu resolvo sozinha ou com algum terapeuta por aí. Vou contar o que tinha de bom e depois vocês se quiserem mandem suas lembranças.

Momento ternurinha...

Lembro com uma clareza absurda da minha mãe costurando. O absurdo da clareza é porque eu devia ter entre 3 e 4 anos.

A máquina de costura, uma singer com motor, ficava no corredor, entre a cozinha e o quarto da minha avó. Eu costumava sentar no chão com meus brinquedos sempre perto dela. Não lembro de tudo que ela costurava mas lembro dos vestidos que fazia para minhas bonecas.


Nao tenho certeza mas acho que estava no corredor

A foto não é lá gande coisa mas dá para ter uma idéia do capricho, não?

Uma vez ela resolveu confeccionar as próprias calcinhas mas a coisa não saiu muito bem. Ficaram enormes e viraram piada. Foram batizadas como "calcinhas da D Amélia", que era nossa vizinha e parteira do bairro, e que inclusive ajudou a trazer ao mundo essa que vos escreve (é gente, nasci em casa...sou antiga). Esta senhora era bastante avantajada, digamos que manequim 54? Talvez 56? Por aí.

O pequeno ser sem noção (eu), tendo escutado a piadinha quis também ser engraçada e mostrou as calcinhas que a mãe tinha costurado para a primeira visita que chegou, anunciando que eram calcinhas para D. Amélia. Ocorre que a primeira visita era exatamente o Sr. Osni, um vizinho que sempre passava por lá para bater um papinho com minha mãe e avó. Aliás, uma das poucas pessoas de quem a minha avó gostava.

Vocês podem até pensar: - Ué...mas o que tem isso? Era uma criança vai...Eu sei, mas isso era  1962 ou 63 falar de calcinha perto de um homem era uma indecência...mostrar então...quase pornografia. Matei minha mãe de vergonha. Desculpa mãe!

Lógico que ela costurou muitas outras coisas e muitas roupas para mim e depois para a Gilzinha ao longo de  toda a vida. Era danada! Olha só as fotos. Só uma amostrinha.


100% D. Nadir


Roupa para meu aniver 15 anos

Roupa da Gilzinha 100% vovó

Vestido Gilzinha para casamento civil de Abilio






















Tenho ainda uma outra lembrança, também envolvendo costura que é bem legal! Foi na época  que a vovó estava grávida da Gilzinha. Deve ter ocorrido várias vezes, mas me lembro deste dia em particular. Nós estavámos sentadas no chão, entre as camas (uma da minha avó e outra do tio Elias) brincando de comadres. Ela estava costurando o enxoval para a Gilzinha e me deu pano e agulha para eu costurar para os meus filhos também. Muito cut cut!!!

E tenho muitas outras lembranças bacanas,  tipo carnaval. Eu adorava ir para o salão e ela sempre me fazia alguma fantasia. Em geral era o sarongue. Será que vocês já ouviram falar?  Uma saia longa aberta nas laterais, um bustier, tudo feito em chitão, um colarzinho de havaiana, uma flor no cabelo para terminar de compor o visual e voilà!

Teve um ano, talvez 1972 ou 73, eu e algumas primas que frequentavam o Vasco da Gama (esqueci de dizer que era lá que eu brincava carnaval) resolvemos fazer uma fantasia de empregada doméstica. Era um vestidinho mini saia frente única, vermelho com bolinhas brancas, avental branco e um espanador. Ficamos lindas e recebemos váaaaarias propostas de emprego...rsrsrsrs.

Minha mãe  já tinha ido a muitos bailes de carnaval com ou sem meu pai. Se ele estivesse viajando, ia do mesmo jeito, acompanhada da Tia Nelly que também gostava da farra. Agora,  não brincava mais porque  achava que não ficava bem na idade dela (isso porque ela tinha bem menos idade do que eu tenho agora. Alguma coisa por volta dos 49/50 anos). Mesmo sem dançar, aguentava firme e forte as quatro noites, e detalhe sem reclamar, para que eu pudesse brincar o carnaval até a minha última gota de energia. A Gilzinha ainda era pequena e não entrava no baile à noite. Ficava com a minha avó.

Sobre o carnaval deles, dá para dizer que era sempre comentado e lembrado com sorrissos cúmplices e às vezes algumas gargalhadas. Engraçado pensar neles como jovens,  que como tal, também aprontaram das suas.

Claro que muita coisa eles não contaram. Acredito que a maior e as melhores partes.  Mas sobre o carnaval percebi várias vezes as expressões marotas quando contavam dos litros de leite ou jornais que roubavam na volta do baile por pura molecagem.

Que mais!? Ah sim...eu também gostava muito de ir as domingueiras do Vasco da Gama, aliás eu ia nas sabadeiras também rsrsrsrsr. Nesses bailes minha mãe não me acompanhava, mas me levava a até a casa de uma conhecida que ficava lá para os lados da Rua Alvaro Alvim (mais ou menos 2,5 km de distância da nossa casa), onde a turma se reunia antes do baile. Eu era a caçula da turma (tinha 13 anos).

Iamos todos a pé até o clube, que ficava na Ponta da Praia, e na volta os rapazes deixavam todas as moças em casa. Um tempo de gentilezas e cavalheirismo.

Ah sim! Não posso deixar de contar da incrível imaginação que tinha D. Nadir. Aquela cabeça borbulhava de idéias e fui contemplada com muitas historinhas criadas só pra mim.

Lembro de uma em particular entre D. Ovelha e D. Loba. As histórias da minha mãe tinham uma particularidade interessante. Todas as fêmeas das fábulas eram trabalhadoras,dignas e honestíssimas; já os machos eram meio trambiqueiros e só andavam na linha sob comando das fêmeas. Meninas atenção!!! Pode ser que aqui se mostre um padrão de comportamento familiar feminino. Será?

sábado, 9 de julho de 2016

Queridos...voltei!

Booooom dia pessoas lindas!!!



De saída vou pedindo desculpas antecipadas pela falta de acentos. O teclado é italiano e eles ignoram o que seja o til, por exemplo. Sendo assim, conto com a imaginação (viu?) de vocês (também não existe o circunflexo ou famoso chapeúzinho) para visualizarem os acentos ainda que não estejam lá, ou melhor aqui.

(OBS. Gente a Bia lembrou de um programa que tem as letrinhas acentuadinhas. Linnnndo!!! Estou corrigindo mas não quis mudar o texto original. Por isso não estranhem este português impecável...rsrsrsrs)

Dito isto, vamos ao que interessa. Poderia ou deveria pedir novas desculpas pela minha ausência prolongada, mas não acredito que faça muita diferença. Sou assim...muitos interesses e pouco tempo para fazer tudo que tenho vontade, preciso e imagino. Depois meus amores, a idéia aqui era escrever sobre os antepassados e sendo passado, um pouquinho mais ou um pouquinho menos não fará tanta diferença, não é não?

Bom, recapitulando: Vovô Elias Vitor e vovó Maroca (Maria Ferreira) eram os pais da vovó Nadir, certo?

Vovó Nadir nasceu em Cariacica, Espírito Santo no dia 12 de julho de 1923, embora nos documentos conste a data de 04 de agosto. Ajustes corriqueiros na data de nascimento para que não se pagasse multa. Vale lembrar que lá nos antigamente as crianças nasciam em casa. Hoje assim que a molecadinha nasce já tem alguém no hospital de caderninho na mão pronto para anotar tudo. Modernidades!

E olha só, agora escrevendo aqui para vocês me dei conta que não tenho a certidão de nascimento da vovó, só a de casamento. Vou pedir a de nascimento e colocar aqui. Sempre pode ter um detalhezinho que sirva no futuro, caso alguém queira pesquisar mais a fundo.

Dela não preciso falar muito pois acredito que todos, ou quase todos, tenham ainda uma viva lembrança . Creio que só a Tatá uma vez comentou que não lembrava direito, mas não tenho certeza. Talvez o João também não lembre de muita coisa, porque era ainda pequeno quando a vovó morreu em 1998.

Vovó Nadir sempre contava o quanto  sua infância havia sido difícil e que o pai não permitiu que ela estudasse além do primário, porque segundo ele, essa era toda instrução que uma mulher precisava. Embora ela gostasse de colecionar uma magoazinha, acho que neste caso ela tinha razão.

Além do fato de que ela gostaria mesmo de ter estudado mais, tinha o agravante de conviver muito com as primas que eram netas do primeiro casamento do meu bisavô, Agostinho Antonio Ferreira. Minha avó era filha do segundo casamento. Essa primeira família, pelo que encontrei até o momento parece que tinha um nível um pouco melhor e valorizavam mais a questão de estudo.

Ela contava sempre sobre as peraltices que aprontava, em especial com uma prima chamada Maria da Glória e que eu tive oportunidade de conhecer. Realmente uma pessoa muito bacana, tanto ela quanto o marido. Tinha uma outra também, Ceci, se não me falha a memória, que era do chifre furado e depois veio a se tornar freira.

Acho que embora tenham convivido bastante próximas durante a infância, depois devem ter se afastado um pouco na adolescência, até pelo fato das primas estarem estudando e ela não. Minha mãe se ressentia disso.

Entre uma mágoa e outra, surgiam histórias engraçadas como por exemplo uma do tempo de escola. A distração das crianças da época era um jogo com pedrinhas, cascalho. Nunca joguei mas acho que a coisa era mais ou menos assim: tinha um certo número de pedrinhas e você tinha que jogar uma para cima e antes que ela voltasse recolher as outras que estavam no chão. Precisava ter habilidade e velocidade para ganhar o jogo.

Como eram todos crianças e não tinham dinheiro para jogar, apostavam o lanche, que segundo minha mãe, em geral era um delicioso pão com banana ou cocada. Vovó Nadir era boa no jogo.

Certo dia, porém, foi desafiada por uma garota que também era boa no tal jogo. Vovó não se intimidou. Punha fé no próprio taco e ainda estava de olho naquele "acepipe dos deuses" que a garota havia apostado. Perdeu!!! Ficou sem o pão com banana da garota e ainda teve que entregar o seu pão com cocada. Pobre vovó!!!

Não...não, desculpem pelo "pobre vovó". Ela não merece piedade! Segundo ela mesmo contava, era useira e veseira em deixar os outros sem lanche com o tal joguinho. Tia Aguimar, mãe do tio Elias, foi amiga de escola dela e sempre que a vovó ganhava o lanche de alguém, pedia que ela devolvesse. Ficava com pena da criança ficar sem ter o que comer. Mas a vovó devolvia??? Não, não devolvia. Até que um dia perdeu o próprio lanche. Entregou o lanche mas não se entregou a derrota.

Como boa filha de candidato a cangaceiro, solicitou a ajuda de um amiguinho de uma série mais avançada, ou seja, um grandalhão e mandou dar uma surra na menina. Não precisava bater para machucar muito...só uns tapinhas e rasgar a roupa da garota já estava bom. Contava rindo a doce vovó.

Ah...mas tadinha, era o exemplo que ela tinha! Depois, devia ter o quê? 8 ou 9 anos? Coisa de criança. Dirão vocês, generosos que são.

Pois é, levando em consideração os exemplos...a idade...até seria desculpável, jamais perdoável, mas desculpável, se ela não tivesse recorrido ao mesmo expediente por volta de 1954, aí já por volta dos 31 anos. Já dava pra saber distinguir entre certo e errado não?

Tio Abílio, meu irmão Abílio Sérgio (não confundir com Abílio Ferreira que era irmão da vovó e pai do tio Elias) sempre teve muita força mas fazia uma linha mais intelectual. Não gostava muito de rua ou de futebol. Preferia ficar em casa lendo. Quem quiser saber sobre Monteiro Lobato ou se interessar por mitologia grega, pode perguntar para o tio Abílio que ele sabe tudo. Bom, mas voltando ao assunto, tio Abílio não curtia sair na mão com ninguém. Porém, um belo dia, teve um desentendimento com um garoto, chamado Roberto, que era um vizinho  mais ou menos da mesma idade, e acabou levando uns "Pedala Robinho". Vovó na sua indignação de mãe, lançou mão do velho recurso e deu uns trocados para o irmão de uma amiga para que desse uma surra no tal Roberto (dessa vez podia e devia descer a lenha), não bastasse a surra, o que sobrasse do tal Roberto deveria ser jogado na vala. O nome do contratado era Hermano, que não seguiu a risca as ordens da doce vovó e depois de bater no pobre optou por atirá-lo sobre uma roseira (aquelas cheias de espinho, sabe?). Então né...!?

Hoje vou ficando por aqui para não cansar vocês...depois volto com mais D Nadir.

Beijos estalados e abraços apertados!!!


sexta-feira, 8 de julho de 2016

Viralata com orgulho sim senhor!

Sou Vitor Herzog





Hoje sou Vitor Herzog

Um Vitor inventado, um Herzog herdado.

Num sangue de vermelho  intenso muitas raças sobrevivem.

Povos que por tantas vezes discordaram, se misturam em mim para existir diferente.

Sou um pouco alemã e um pouco inglesa;

Sou um pouco espanhola e um pouco portuguesa;

Sou um pouco índia e sou um pouco negra,

E misturando os dois, também sou um pouco baiana.

Sou Herzog e Andrada da Silva , que por obra e graça de meu avô virou Vitor;

Sou Clift e Rahrbach;

Sou Ferreira e Pinto;

Sou Souza e de novo Silva (ôooo perseguição);

Sou Kemp e sou Johnsons.

Mas minha alemã não é muito rígida;

Minha inglesa não é escrava do relógio;

Minha portuguesa tem bigodes, mas são ralos;

Minha espanhola até gosta do flamenco;

Minha índia adora um mato, desde que seja com conforto;

Minha negra tem molejo e não aceita cativeiro;

Agora a minha baiana é doida por acarajé, mas dispensa o som alto e o axé.

Tudo junto e misturado, eis-me  aqui

- Muito prazer!

Sou Maria Vira lata Cristina Brasileira!!!


PS Importante: Estudos científicos apontam os vira latas como a raça com maior capacidade de sobrevivência e de inteligência muitíssimo aguçada...rsrs

terça-feira, 6 de setembro de 2011

...continuando o assunto

Bom...contando que vovó (Maroca) já tenha superado a mágoa por eu falar primeiro do vovô Elias, vamos aos fatos. A vovô Nadir, filha do dito casal, nem todos vocês vão lembrar, mas ela adorava lembrar de todas as mazelas da sua infância e sentava a puia no pai (dela)...que ele não deixou que ela estudasse;  que só deixou que ela fizesse um curso de bordado mas retirou a autorização na terceira aula com o argumento de que estava demorando para aprender e isso era desculpa para estar na rua;  que era um camarada de gênio difícil e inconstante...enfim as referências nunca eram boas. Eu como já conhecia essa particularidade da minha mamãe de dar "ênfase" aos fatos, sempre procurei escutar o que era dito nas entrelinhas...e nas entrelinhas encontrei um avô que tinha o espírito livre, um homem de personalidade vigorosa, um pai amoroso, ainda que do jeito dele. Era o pai que não saia para trabalhar sem antes ir na cama de cada filho dar um beijo de despedida. E se fosse viajar, além do beijo também colocava uns trocados em baixo do travesseiro de cada um, para que eles comprassem doces.
É lógico que ele deve ter cometido erros...é provável que tenha tido atitudes reprováveis. Era marrento, mas tenho certeza que não era uma pessoa ruim. Talvez só não soubesse fazer melhor.
Elias e Maroca nunca se casaram. Não sei exatamente o por quê, mas tenho algumas suspeitas que contarei em outro momento. Tiveram uma relação difícil, ele traindo muitas vezes e ela fazendo os desaforos que podia. Mesmo assim viveram juntos por no mínimo uns 25 anos. Só depois do casamento de minha mãe é que se separaram e minha avô foi morar com ela. Pais ruins? Duvido! Ninguém suporta tanto tempo uma relação já sem amor, se não for por amor...ainda que pelos filhos.
Invocado ou não...isso devia ser com os outros. Comigo e com a Gilzinha ele tinha a maior paciência. Tive pouco contato com meu avô mas os que tive foram bons. Ele morreu por volta de 1974 de cirrose no Rio de Janeiro. Essa foi a primeira vez que foi a um médico. Devia estar bem debilitado para aceitar ir para o Rio se tratar. Tio Alcebíades, mais conhecido como Bide, avisou que ele estava doente mas só quando o estado dele piorou e ele pediu para me ver é que fomos para o Rio e já o encontramos bastante fraquinho. Ele faleceu enquanto voltamos para Santos.

Tenho muito carinho por este avô. Sempre o defendi e encontrei justificativas para o seu jeito de ser com a mais absoluta convicção de que fez o melhor que sabia. Por isso crianças, digo à vocês: tenham orgulho deste bom baiano. Vocês descendem de um homem que pode até não ter sido o mais correto do  mundo mas com certeza foi forte, valente, altivo e muito independente.

Somos privelegiados por descender de pessoas fortes. Verdade! Todos eles, por parte da vovó Nadir ou do vovô Werner...todos foram guerreiros. E é por isso que nós as vezes até cambaleamos diante das adversidades que a vida vai nos colocando mas continuamos em frente. Somos frutos de boas árvores!

E  agora para completar aí vai a "fotinho de família". Nessa foto vovô Nadir estava com 6 anos de idade. Vê se ela não era uma bonequinha...


Da esquerda para à direita: Aristoteles, conhecido como tio Coca ou Toti, vovô Abílio, vovô Nadir (claro!) e tio Alcebíades ou Bide.

Por hoje é só crianças. Amo vocês!!!